União Europeia – Reino Unido – Premier League. Um 4-3-3 indefinido.

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Fonte: Elaboração Própria.

Olá amigos, quem disse que política e futebol não caminham na mesma direção está possivelmente errado. Você sabia que o maior liga de futebol do mundo, a Premier Barclays League (Futebol inglês) está em estado de alerta. Isso tudo devido a saída ou não do Reino Unido da União Europeia.

Vamos aos fatos que isso leva. Já escutou em “Brexit” não é nenhum novo messi que esta surgindo no futebol, mas sim o termo que toma conta do Reino Unido. Segundo o portal  BBC a definição é:

‘Brexit’ é a abreviação das palavras em inglês Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída). Designa a saída do Reino Unido da União Europeia.

O termo parece remontar à discussão sobre uma possível saída da Grécia do euro, em 2012 – à época, estava em voga a palavra Grexit.

No contexto britânico, Brexit pegou e se converteu na palavra mais usada para tratar da discussão. (BBC, 2016).

Todo esse processo esta em andamento no Reino Unido, e conduz os britânicos a votar em um plebiscito que acontece nesta quinta dia 23/06/2016. Nunca desde a criação da União Europeia, país algum saiu do bloco econômico.

Segundo a BBC : “Analistas dizem que esta será a decisão mais importante para os britânicos desde 1975, quando dois terços do eleitorado optaram por ingressar na então Comunidade Econômica Europeia”.(Portal BBC; 2016).

Sabemos que a União Europeia é um forte bloco econômico, e foi fortalecido aos poucos com ajustes estruturais, sair dele no atual cenário econômico social, seria uma dura derrota a UE. Saiba como surgiu o plebiscito, o 1° Ministro David Camerom, eleito em 2015 prometeu que realizaria o mesmo, caso fosse eleito, sofreu pressões e teve que levar o processo. Caso a maioria vote sim, pela saída da União Europeia, os parlamentares podem barrar a saída, mas devido ao alto conservadorismo que a política britãnica leva, seria contrariar a vontade da maioria, o que bem sabemos não é uma boa ideia em terras do chá das 17 horas.

No quesito economia, existe um conflito de interesses, segundo a BBC: “O tema econômico também sempre foi central nessa relação. Um dos argumentos pela separação, aliás, é o de que a economia britânica de hoje é muito mais criativa e dinâmica que a dos anos 1970 e que estas duas características são prejudicadas pela burocracia de Bruxelas” (BBC; 2016).

Ou seja, para muitos, a União Europeia trava a economia britânica, assim como aquele volante lento do seu time que só perde a bola gerando contra-ataque ao adversário. Por falar em volante e futebol, esta saída pode impactar fortemente a principal liga de futebol do mundo, a Premier League seria desestruturada.

Segundo o portal O Jogo, o presidente da Premier League -Richard Scudamore, acha essa saída como um ataque frontal as negociações que a liga construiu:

“Para Scudamore, “em última instância, não se pode quebrar, não se pode saltar fora, tem que se estar dentro e negociar, tentar, organizar e influenciar”.

“A abertura e reconhecimento internacional da Premier League poderá tornar-se incongruente se nos posicionarmos contra”, referiu o dirigente inglês.

Segundo Scudamore, a saída do Reino Unido do seio dos 28 países da EU não permite “o controlo do próprio destino”, como defende a campanha Brexit.

“Isso não é absolutamente correto para quem viaja pelo mundo, como nós fazemos, onde encontramos abertura para fazer negócios, para debates e cooperação”, sublinhou, concluindo: “Acho que seremos, penso eu, menos respeitados por não querermos fazer parte de algo”. (Portal O Jogo; 2016).

A premier League trabalha com um planejamento de abertura do cenário econômico mundial, a ideia sempre foi fortalecer internacionalmente a liga, para isso a abertura da economia do futebol inglês sempre foi bem conduzida, a saída da UE afeta diretamente esse planejamento estratégico vencedor.

Outro ponto a destacar é a matéria do portal desporto, que revela o medo dos possíveis afetados.

“A saída do Reino Unido da União Europeia teria um “impacto devastador” no futebol britânico, advertiu hoje a vice-presidente do West Ham e membro da Câmara dos Lordes, Karren Brady, numa carta aos clubes profissionais ingleses, escoceses e galeses.

Em causa está a promessa do primeiro-ministro britânico, David Cameron, de realizar um referendo até final de 2017 sobre a manutenção do Reino Unido na União Europeia (‘Brexit’).

“O corte com a União Europeia teria consequências devastadoras para a economia e para a competitividade do futebol britânico”, defendeu a baronesa Karren Brady, acrescentando que “seria mais difícil atrair os melhores jogadores e manter os que já se encontram na Grã-Bretanha”.

Na carta endereçada aos clubes, Karren Brady refere que “a liberdade de movimento desempenha um papel fundamental nas transferências e contratos dos jogadores”.

“Os jogadores europeus podem representar os clubes britânicos sem a necessidade de um visto ou autorização de trabalho, o que facilita a vinda dos melhores”, refere a vice-presidente do West Ham.

Karren Brady apontou que na Premier League quase 200 jogadores beneficiaram desta situação, pelo que uma eventual saída do Reino Unido da União Europeia poderá ter um impacto substancial nos clubes”. (Portal desporto; 2016).

De acordo com a visão de Brady, isso tudo levaria a liga inglesa a perda total de competitividade e até o desemprego de jogadores. A dificuldade aumentaria a transição da mão de obra qualificada, um cenário pronto para um congelamento monetário do futebol inglês.

Um time ousado no futebol moderno, estilo Barcelona, joga no 4-3-3. Quatro homens de defesa, três homens de meio campo e os últimos três geniais do ataque. Quando bem treinado, tem resultado e título, com volantes que saibam marcar e jogar, defesa de transição, e dois atacantes habilidosos que fazem o “facão”, movimento que os boleiros chamam ao que Messi e Neymar fazem no Barça com um centroavante “cheira” a gol. O resultado é títulos, gols e vitória por merecimento, o que treinadores vitoriosos vem usando em suas análises, como Guardiola, Zidane, Tite e entre outros.

O que fica de concreto é: União Europeia, Reino Unido e Premier League atuam como um 4-3-3 vitorioso com merecimento? Até hoje sim, União Europeia se fortaleceu, Reino Unido avançou e a Premier League faturou e ajudou a abrir a economia internacional. A cooperação sempre foi a melhor saída para um cenário econômico e social, no futebol não é diferente. Um dos principais jogadores ingleses foi muito feliz em sua colocação, David Beckham relatou sua opnião:

“David Beckham – O ex-jogador compartilhou seus motivos no Instagram: “Vivemos em um mundo vibrante e conectado onde, juntos como um povo, somos fortes. Pelos nossos filhos e pelos filhos deles nós deveríamos estar enfrentando os problemas do mundo juntos, não sozinhos. Por essas razões, eu votarei pela permanência.”( Revista Época Negócios;2016)

Ele ainda lembrou, que quando foi campeão pelo Manchester United, seu time era formado por jogadores de alta qualidade de vários países europeus, e não só por ingleses.

Fica a conclusão de que a cooperação sempre é uma grande saída para as diversidades da vida, economia e futebol não são diferentes.

Um abraço e fiquem com Deus.

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